Criei esse blog para servir de "diario" do meu doutorado. Colocarei aqui livros que estou lendo, sites, artigos, etc. O espaço esta aberto para discussoes, entao sinta-se livre para dar sua opiniao, sugestao de leitura, entre outras coisas.
segunda-feira, 30 de maio de 2011
Dois classicos Hammer.

Frankenstein s'est échappé! PosterThe Curse of Frankenstein (1957) de Terence Fisher.

Primeiro filme de uma nova tendencia (iniciada pela propia Hammer) de filmes de terror feitos em cores, e com um aspecto um pouco mais "real" (dificil falar de realismo em filmes de terror, ou no cinema em geral, mas principalmente em filmes de monstros). Junto com as cores, vieram também o erotismo (que começou a ser desenvolvido nas produçoes de Val Lewton, mas que ganharam importancia nas produçoes da Hammer) e sangue, muito sangue. Alias, sangue ainda nao tinha sido  "mostrado" no cinema (somente em um filme de Buñuel, em preto e branco), e a Hammer foi a primeira a fazer isso (e muito, em todos seus filmes de terror).

O foco principal do filme é o Barao Frankenstein (Peter Cushing). Ele é arrogante e nao arrepende de seus erros, ou de tentar ser Deus. As questoes morais e éticas (representadas nas versoes da Universal na decada de 30) nao passam pela cabeça do Barão, que nao mostra arrependimento nem emoçoes.

Chocar era importante para essas produçoes Hammer. Em The Curse..., morrem : uma criança, um velho cego, um velho cientista e uma mulher gravida. O Barao Frenkenstein corta pedaçoes do corpo humano sem exitaçao, e mesmo uma cabeça decapitada sendo jogada no acido é mostrada. Mas a violencia nao é tao explicita como parece. Fisher deixa a imaginaçao do espectador criar a grande parte da violencia, e so "pré-resultados" ou resultados dessa violencia sao mostrados.

A musica é de James Bernard ("O" compositor da Hammer). Bernard deu "a cara" das trilhas sonoras da Hammer, sempre com orquestraçoes alucinantes e pesadas (com muitos metais). Mesmo que sua utilizaçao fosse bem classica (muitos leitmotifs, aberturas, etc) suas trilhas fizeram historia e escola.

As produçoes Hammer eram de baixo orçamento e talvez por isso a musica era um elemento muito importante. James Bernard ja tinha uma carreira relativamente estabelecida em musica de concerto antes de fazer trilhas sonoras (alias essa era uma constante no cinema Ingles.. contratar compositores "sérios" para acrescentar valor as produçoes de filmes... algo que começou na decada de trinta com o diretor musical Muir Mathieson). Engraçado notar também que no final dos anos 50 a Hammer ainda tinha um departamento de musical nos moldes dos estudios americanos dos anos 30 e 40.

The Curse deu origem também a uma parceria que seria vista durante muito tempo no cinema : Peter Cushing e Christopher Lee. 


La revanche de Frankenstein PosterThe Revenge of Frankenstein (1958) de Terrence Fisher. 

The Revenge of Frankenstein é a continuaçao de The Curse... The Curse é baseado na obra original, mas The Revenge segue uma historia nova, sem ligaçao com o livro. Nao vou contar a historia do filme, mas mais uma vez o filme se focaliza no Barão (Peter Cushing ainda) e nao na criatura.

A trilha sonora é de Leonard Salzedo. Salzedo "contraria" varias convençoes da época (principalmente no começo do filme) e constroe uma otima trilha sonora. Estou terminando de escrever um artigo sobre a trilha de Revenge (infelizmente nao posso colocar nada aqui por conta de contrato), mas assim que ele for publicado, postarei aqui no blog.

Otimos filmes de terror da Hammer, obrigatorios...

Abraços

CH
quarta-feira, 25 de maio de 2011

Filmes pertubadores (década de 70) : 

Performance Poster


O começo do filme é alucinante, com planos muito rapidos e sons eletronicos (se nao me engano foi a pimeira trilha sonora a utilizar o sintetizador MiniMoog). Imagino que ver essa sequencia no cinema deva ser uma experiencia muito pertubadora, pois mesmo em casa eu comecei a ficar tonto. A trilha sonora é uma salada, assim como o filme, com musica eletronica, cançoes e intrumentos de orquestra. O filme é bastante violento e todos seu elementos (montagem, cores, musica, atuaçoes, etc) "ajudam" na criaçao de desconforto. Esse também foi o primeiro filme de Mick Jagger (em uma propagando do filme ele é creditado como sendo o compositor, o que nao é verdade) em um papel muito interessante. Sao inumeras as citaçoes dentro do filme, seria dificil lista-las todas. Sugiro assistir o filme com bastante atençao. A musica foi composta por Jack Nitzsche. Uma otima, e diferente, trilha sonora (na decada de 60 e 70, varios "experimentos" em forma, material e utilizaçao da musica foram feitos...  o sinfonismo so "volta" no fim dos anos 70, com Star Wars). Otimo filme. 


Soeurs de sang Poster


A historia é contada de uma maneira bem Hitchcockiana (Hitchcock é uma importante influencia nos filmes de Brian De Palma). A musica é de Bernard Herrmann (mais alguma coisa "vinda" de Hitchcock). A trilha se baseia em um tema curto bem infantil, mas que vai se tranformando atraves do filme, acompanhando bastante a narraçao... (algo que Herrmann sempre disse que nao fazia, mas que sua obra mostra outra coisa...)   o tema fica "macabro", bem dissonante quando a narraçao mostra algo "estranho", bizarro... a musica fica "misteriosa" quando a narraçao fica mais misteriosa, etc... muitos sao as reminiscencias da trilha de Psycho (como em quase todas as trilhas de Herrmann depois dos anos 60). Mas mesmo assim uma otima trilha (a sequancia do amante que leva o bolo para a cama é memoravel, um classico). Otimo filme. 

Abraços

CH
sexta-feira, 20 de maio de 2011

Filmes de terror, ou fantasticos, ou ficçao cientifica express :

Docteur Jekyll et Mr. Hyde Poster


Esse filme  é creditado como sendo filme de terror, fantasia ou mesmo ficçao cientifica. A primeira sequencia em primeira pessoa (até entao nao muito usada) influenciou muitos filmes depois dele (como Halloween 1978 por exemplo). A trilha sonora é composta por varias "stock music", ou seja, musica pré existentes tiradas do repertorio classico, muitas vezes rearranjadas (o filme nao tem um so compositor, e sim varios arranjadores). O filme quase nao tem musica, se nao me engano sao 3 ou 4 cues durante todo o filme. Todas elas com fontes que justificam a origem da musica. A unica sequencia com uma musica de fossa (lendo aqui, em portugues seria fosso nao ? vou rever isso) fica mais no final do filme, e a musica que escutamos é a mesma do baile que acontece no começo do filme (e que é justificada por um grupo de musicos que tocam nesse baile). Isso faz a sequencia ser muito estranha, e a musica parece nao ter muita relaçao com tudo o que esta acontecendo. Curioso também é a sequencia da transformaçao do Dr Jekyll que nao tem musica, mas alguns sons sao trabalhados, um otimo exemplo de musica concreta em 1931 ! Dr Jekyll and Mr. Hyde é um filme que tem varias versoes, sendo uma primeira em 1920, essa de 31 e varias outras. E quando nao sao a mesma historia, sao "versoes". A Hammer fez uma versao, ja na sua fase decadente, que se chamava  Dr Jekyll and Sister Hyde.


Dracula Poster

Classico da Universal que deu inicio à todas as series de seus monstros fantasticos. A atuaçao de Bela Lugosi é marcante (depois de dracula ele quase sempre fez os mesmos papeis horripilantes). Nao sei se a versao que vi é a de 1999 que tem a musica feita por Philip Glass ou se é a original de 1931. O filme nao tem muita musica e a que tem nao é muito no estilo de Glass... entao imagino que vi a versao original. A musica segue ainda essa transiçao onde a musica procurava seu lugar (ela ja havia encontrado seu lugar na soundtrack, mas ainda nao existia as convençoes que conhecemos hj, que passaram a "existir" à partir de 1935). O legal também é ver que vampiros ainda nao tinham os grandes dentes caninos. Essa representaçao do vampiro predador pelos grandes dentes foi iniciada pela Hammer na década de 50.


Freaks - La monstrueuse parade Poster

O filme começa com um texto explicando o carater de documentario que ele tem. Durante muito tempo os circos de aberraçoes eram moda nos EUA mas nunca haviam sido filmados. Entao o filme registra esse tipo de show com um conto ficticio mas com artistas "bizarros" (talvez tenha alguma palavra melhor, mas nao consigo pensar em nenhuma) reais. A musica ainda tem sua fonte justificada (mesmo que a propagaçao da musica nao seja muito real), principalmente no começo do filme, e poucas musicas de fossa ao longo do filme. As tecnicas de dublagem, ou de sobreposiçoes de pistas sonoras começaram a serem dominadas à partir de 1932, 1933.. entao acredito que a musica que escutamos no filme (principalmente a musica "de circo" do começo) seja tocada ao lado da açao, fora do campo da camera (o que era muito comum de 1927 à 1930).

Vaudou Poster

Mais um filme de "terror" produzido por Val Lewton (responsavel por grande parte da produçao de filmes de horror dos anos 40). A musica mais uma vez é de Roy Webb. A decada de 40 foi uma decada de excessos nas trilhas sonoras, mas a grande maioria das produçoes de Val Lewton nao integravam uma grande quantidade de musica. Também é interessante notar que esses filmes de terror tinham sempre uma ameaça vinda do exterior (reflexos da guerra talvez...). Engraçado também a referencia ao quadro "Ilha da Morte" de Böcklin (a historia se passa em uma ilha, onde acontecem muitas coisas ruins.). Curioso é que o filme tem varios atores negros (muito raro na decada de 30 e começo da de 40). Atores negros eram comuns em filmes musicais, no sentido de uma performance filmada. Sao poucos os exemplos de filmes de ficçao com varios atores negros que participem da historia....    


L'île des morts Poster

Mais uma produçao de Val Lewton, e mais um filme com ameaças externas. Os sons do filme sao bem interessante. é engraçado ver que esses filmes de Val Lewton eram incrivelmente silenciosos (a gente escuta realmente o que "tem" que escutar... somente os sons que interessam para a historia... isso nao é novidade e nem acabou por ali, alias continua até hoje, mas com muito mais flexibilidade). A musica foi composta por Leigh Harline (conhecido por sua trilha de Pinoquio e Branca de Neve e os Sete Anoes). Para falar a verdade nao me lembro muito da musica, pois os sons me chamaram mais a atençao. Val Lewton mais uma vez cita o quadro "Ilha da Morte" de Böcklin (como em quase todos os seus filmes), nao so no nome, mas a imagem da ilha é a propia do quadro. Mais um filme com o eterno monstro de Frankenstein : Boris Karloff.




Otimo filme noir produzido pela Hammer. Gosto muito da direçao de Fisher. O filme também é conhecido nos EUA como The Unholy Four. A musica é muito boa, e foi composta por Leonard Salzedo, um otimo compositor. Na inglaterra, à partir dos anos 30, era comum "empregar" compositores "sérios" para compor musica de filme (iniciativa tomada por Muir Mathieson à partir dos anos 30, para agregar valor aos filmes com "boa musica" no lugar de musicas "mediocres"). Salzedo tem mais de 140 concertos, 17 ballets e 18 trilhas sonoras em sua carreira. Suas trilhas sao quase sempre atonais com poucos usos de leitmotifs. Esses filmes de pequeno orçamento da Hammer eram realmente muito bem feitos, tendo em conta todo o contexto de suas produçoes.  


La petite boutique des horreurs Poster

Otimo filme de "horror" (na verdade esta mais para comédia, ou filme noir) do mestre do "terror" Roger Corman. Seus filmes influenciaram toda uma geraçao. A dinamica dos dialogos sao incriveis, bem musicais, cheios de ritmo. O filme foi feito com um orçamento muito pequeno, sendo rodado em 2 dias e em cenarios de outros filmes. A musica é genial, composta por Fred Katz, com uma levada jazz em alguns momentos, mas em um linguagem atonal, sem muitos clichés. Adoro esse filme, principalmente por sua trilha sonora. Interessante também é que esse foi um dos primeiros filmes de Jack Nicholson em um papel, na verdade uma ponta, impagavel.

Da pra ver o filme todo aqui :


Bons filmes.

Abraços

CH
terça-feira, 17 de maio de 2011
La musique et l'Image (composition et orchestration) : réflexions, conseils techniques & pratiques, lançado em 1994 foi escrito por Maurice Coignard, importante orquestrador de musicas de filme.

O livro traz algumas paginas sobre a pratica da musica de filme (sincronismos, humor, clichés a evitar, clic track, etc), mas a parte mais importante, e que toma quase todo o livro, é a orquestraçao.

O livro acaba sendo um pequeno tratado de orquestraçao que vai direto ao ponto, sem muitos rodeios. Otimo livro "de cabeceira" para quem se interessa em orquestraçao.

Relaçao Musica/Imagem é deixada de lado.

Quem quiser "baixar" o livro (que é em frances), é so clicar aqui

Abraços

CH
domingo, 15 de maio de 2011
Filmes Jazz express :

Detour Poster


Otimo filme noire. A trama é bem interessante pena que o codigo Hays ja estava em vigor, e o final nao pode ser o que deveria ser (nao vou contar o final, mas a historia tem umas "votlas" interessantes, mas o final nao estaria de acordo com a moral e os bons costumes... nao sei se o fim da historia do livro é o mesmo do filme, mas o final que deram para o filme foi "meio forçado" e me parece claro uma possivel censura do codigo Hays). A trihla sonora é bem interessante e foi composta por Leo Erdody. Ela é quase o tempo todo uma variaçao da cançao Can't Believe That You're In Love With Me, que é a parte Jazz da trilha. Na decada de 40 o jazz ainda "estava preso" à diégése, fazendo parte da historia, emanando de fontes como radio, conjuntos, etc... Detour segue, com essa cançao quase "onipresente", o legado deixado por Laura, do "main title". Outro motivo da cançao é a relaçao que o personagem principal do filme tem com sua amada, o desejo de reve-la e a pressa em reencontra-la (ele é um pianista de jazz e ela uma cantora de jazz...) logo no inicio do filme temos uma longa tomada de seu grupo de jazz que toca essa cançao (em um playback bem interessante).


O filme esta no youtube, é so clicar aqui e ir seguindo a ordem. 


L'homme au bras d'or Poster


Otimo filme com uma otima atuaçao de Frank Sinatra. O Jazz ja havia integrado a trilha sonora (extra diégética) desde o começo da decada de 50 (mesmo no final dos anos 40). Mas segundo o compositor do filme, Elmer Bernstein (que nao tem nenhum grau de parentesco com o compositor Leonard Bernstein) sua trilha sonora foi a primeira a incorporar o jazz como elemento da soundtrack. Pois em A Streetcar Named Desire (1951) o jazz nao faz parte de toda a trilha sonora, mas em The Man With a Golden Arm o jazz "toma" uma grande parte da trilha. Nao concordo muito com isso, pois os elementos e o tema Jazz do filme estao presentes, quase sempre, nas sequencias dentro do bar, onde temos ao fundo, e as vezes em um primeiro plano, um grande radio, e a musica parece ter sua fonte ali... a mixagem em varias partes do filme também contribui à essa percepçao. Em sequencias longe do bar, o jazz sempre aparece quando um toca discos é ligado e etc. E quando os elementos jazz sao ouvidos em sequencias fora do bar, ou sem uma fonte precisa, a sensaçao é de uma grande "decalagem" entre musica e imagem. A trilha sonora também nao é exclusivamente composta com elementos de Jazz. 


Ascenseur pour l'échafaud Poster



Otimo filme. A trilha sonora foi composta/improvisada por Miles Davis (com Barney Wilen, sax tenor, René Urtreger, piano, Pierre Michelot, contrabaixo e  Kenny Clarke, bateria) Agora sim uma trilha sonora (extra diégética) inteiramente jazz. O carater improvisatorio da historia se reflete na trilha, e a trilha na historia, genial. 

  







Abraços

CH
domingo, 8 de maio de 2011
Filmes anos 2000 express : 


Pirates des Caraïbes, la malédiction du Black Pearl Poster


Bom, filmes disney sao quase sempre iguais, entao nada a falar sobre a historia... mas o filme me surpreendeu  positivamente (acho que principalmente por causa da musica). Bom filme de açao com efeitos e imagens bem legais. A musica foi muito bem composta, com temas e orquestraçoes simples, mas bem interessantes. Fugiu um pouco do "legado" de John Williams de musicas para filme de açao. O filme se apoia principalmente em um grande tema e carrega muito bem a historia. Ela foi composta por Klaus Badelt. 




Les désastreuses aventures des orphelins Baudelaire Poster


Belas imagens e uma historia criativa. Otima atuaçao de Jim Carrey. A musica nao me chamou a atençao, mesmo sendo bem feita etc, nao vi nenhuma relaçao (ou nao me lembro) especial com o filme (o que acontece quando compositores ja bem conhecidos sao escalados para compor a musica... eles ja conhecem alguns atalhos e usam quase sempre as mesmas ferramentas... o compositor é o Thomas Newman, que ja fez varias otimas trilhas, mas essa passou meio batido). 




Coup de foudre à Rhode Island Poster


Comédia romantica com o sempre engraçado Steve Carell e a sempre linda Juliette Binoche (dois otimos atores). O filme teria sido melhor se eu nao tivesse visto o trailer antes (que entrega a historia inteira). A narraçao "hiper classica" (nao me lembro se ja postei sobre a narraçao hollywoodiana, acho que ainda nao... vou postar logo logo entao). A trilha sonora tem muitas musicas pop, e cançoes. Nada muito interessante.




Alice au pays des merveilles Poster


Bonitas imagens, filme mais ou menos... o tal 3D ainda tem muita coisa pra melhorar ou acrescentar ao cinema. Com o filme aprendemos que algumas coisas sao melhores se as deixarmos quietas (o filme é "baseado" na historia de alice no pais das maravilhas... seria uma "continuaçao" da historia original... o que ele faz bem mais ou menos). A musica de Danny Elfman é otima como sempre, claro, pois ele continua compondo a mesma musica filme apos filme. Ele esta precisando se renovar... 




Abraços

CH
sexta-feira, 6 de maio de 2011
Mais "filme express", dessa vez classicos obrigatorios : 

L'atalante Poster


Otimo filme frances com uma trilha sonora maravilhosa de Maurice Jaubert (um dos compositores de musica de filme mais importantes da França). A musica conduz o filme de uma maneira bem interessante. Ela guia a historia sendo importante tanto para os personagens quanto para o espectador. Uma obra de arte. 










Otimo filme ingles, com uma trilha sonora que é um dos marcos historicos da utilizaçao da musica no cinema. Ela foi composta por um dos compositores ingleses mais importantes do seculo XX : Arthur Bliss. A musica é quase ininterrupta, com uma grande orquestraçao (que é mesmo frenetica em alguns momentos). A sequencia do começo é a mais classica, quando um mundo em preparaçao para a guerra se "arruma" para o natal.







Mais um otimo filme ingles, de pos guerra. A trilha sonora é espetacular, e foi composta pelo, talvez,  compositor ingles mais importante do seculo XX : Ralph Vaughan Williams. As imagens do gelo, combinadas com a musica sao realmente desoladoras e ganham uma profundidade incrivel. Grande filme (que sai das convençoes hollywoodianas). Vaughan Williams, mais tarde, transformou a musica do filme em sua sinfonia antartica. 







Um bom filme (se nao me engano foi o primeiro grande papel de James Dean no cinema). A musica foi composta por Leonard Rosenman. Dean tomava aulas de piano com Rosenman e o apresentou a Kazan. A trilha sonora é bem original, sendo um marco na historia do cinema como sendo uma das primeiras trilhas (se nao a primeira) a empregar musica serial. Essa tecnica nao preenche o filme inteiro, e uma "luta" dos sentimentos do personagem de Dean parece estar associada à dualidade entre musica serial vs musical tonal (que fica bem clara no final do filme). Mas ela nao so representa seus sentimentos intermos, mas também sua relaçao com os outros personagens.




Otimo filme russo, adaptando Hamlet de Shakespeare. A trilha sonora foi composta por Dmitri Shostakovich, um dos compositores russos mais importantes do seculo XX. A trilha sonora  faz uma ligaçao bem interessante com o universo da historia. O filme é um pouco longo (3h) mas vale a pena ver/ouvir. 








O filme faz parte de uma trilogia (Trois Couleurs : Bleu, Blanc, Rouge). Cada filme faz uma referencia às cores da bandeira da França e uma de suas "qualidades". Bleu é sobre a liberdade (segundo o diretor os nomes foram escolhidos porque a França foi quem deu o subsidio, se fosse outro pais, seriam outras cores). A trilha sonora é utilizada de maneira bem original, de uma certa maneira fazendo parte do mundo diégético (do meu ponto de vista) sendo quase sempre subjetiva (ou seja, "ouvida" pela a personagem). Uma parte da originalidade da trilha sonora vem do fato que o compositor, Zbigniew Preisner nao tem um estudo "academico" de musica (aqui na europa seria o estudo de musica em conservatorio). O filme tem uma fotografia linda e conta uma historia muito triste.  Muito bom filme. 


Redner analisa esses filmes em seu livro. Alguns pontos sao deixados de fora por ele, mas no geral sao otimas analises. 

Abraços

CH
segunda-feira, 2 de maio de 2011
Filmes dos anos 90 express :

Closet Land Poster


Não gosto de falar assim de filmes, mas esse foi dificil de ver até o fim. O começo do filme é bem interessante do ponto de vista do som, pois nao vemos nada e todas as informaçoes sao "passadas" por ele (algumas passagens no decorrer do filme sao sonoramente interessantes também). Mas é so. Nao costumo reclamar de problemas tecnicos como ver a camera em um espelho, ver os microfones e etc, mas no começo de Closet Land chega a ser até engraçado, pois sao varios minutos com os microfones aparecendo. Quem quiser ver, tem o filme completo no youtube, é so clicar aqui e ir carregando as outras partes.


Proposition indécente Poster


Classico dos anos 90. O filme tem uma historia interessante, um bom desenvolvimento e um final meio forçado. A musica foi composta por John Barry lenda à até pouco tempo viva (ele faleceu no começo de 2011). A musica original do filme é muito bonita e bem feita. Ja as musicas que nao sao de John Barry sao bem aleatorias. O mais engraçado foi reconhecer no tema principal do filme (na verdade é na musica logo no começo do filme, que nao é o tema principal) o motivo da musica Life and Death de Lost ! Acho que é coincidência, pois a "referencia" vem de um trecho nem tao importante na melodia de Barry.

Vejam à 42 segundos nas cordas.


E aqui à 45 segundos no piano.

ps : essa foto ai do video é igual à foto da minisérie Band of Brothers de 2001. 


Virtual Desire Poster


Me recuso a falar desse filme. Esse foi o segundo filme, em toda a minha vida, que eu nao consegui ver até o fim. Ele é um pseudo sex thriller, muito mal feito. Sem mais comentarios. 






Seven Poster


Otimo filme, classico. Vi o filme ja tem alguns meses e para falar a verdade nao me lembro muito da musica . Vou ter que rever , pois a musica é de Howard Shore (o mesmo compositor de senhor dos aneis). 





Psycho Poster


Remake do classico de Hitchcock de 1960. Refeito quase plano por plano mas com muitas modificaçoes mais "profundas". Varios "codigos" vigentes no final dos anos 50 foram "quebrados" ou "burlados" por Hitch e nao fazia mais sentido em 1998 refaze-los todos (exatamente como na versao de 1960). Atuaçoes desastrosas, com resalva para Vince Vaughn que fez um otimo Norman Bates. Mas as piores "trangressoes" em relaçao ao filme original e mesmo à propia historia do filme foram feitas na musica e no som. 

A musica teve varios pedaçoes "imendados", e algumas modificaçoes. Ela perdeu grande parte de seu efeito.

Com relaçao ao som, no original nao temos fontes sonoras no filme. Isso tem um motivo : quem "controla" o som é a "mae" de Norman Bates. Nao ter fontes sonoras no filme de 1960 nao foi uma escolha ao azar de Hitch. Ao ter uma fonte sonora acousmatique, ou seja, que nao podemos ver a fonte, o personagem ao qual esse "som" pode ser atribuido "ganha poderes" (por exemplo sendo onisciente, onipresente e onipotente). A mae cansada e doente que nao vemos no filme tem esse poder "amendrotador" justamente por nao podermos ver seu rosto... e qualquer manifestaçao sonora dentro do filme "faz" parte da mae, e tem o controle dela... na vesao de 1998 ao colocar um walkman com musica saindo dos fones Van Sant quebra toda o efeito produzido no filme, e essa musica acaba ganhando um aspecto estranho, quase que fora do filme ou de seu lugar.... Foi uma violaçao feita por Van Sant (proposital, pois ele da muita enfase no walkman a cada vez que ele aparece) que foi contra a "natureza" do filme, e que deixou o que ja estava mais ou menos, algo bem pior (talvez ele tenha colocado o walkman como fazendo parte da personagem que iria "descubrir" o segredo de Bates, colocando-a justamente como um "intruso" no universo do filme... talvez, talvez...). 

Abraços

CH

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