Criei esse blog para servir de "diario" do meu doutorado. Colocarei aqui livros que estou lendo, sites, artigos, etc. O espaço esta aberto para discussoes, entao sinta-se livre para dar sua opiniao, sugestao de leitura, entre outras coisas.
segunda-feira, 30 de maio de 2011
Dois classicos Hammer.

Frankenstein s'est échappé! PosterThe Curse of Frankenstein (1957) de Terence Fisher.

Primeiro filme de uma nova tendencia (iniciada pela propia Hammer) de filmes de terror feitos em cores, e com um aspecto um pouco mais "real" (dificil falar de realismo em filmes de terror, ou no cinema em geral, mas principalmente em filmes de monstros). Junto com as cores, vieram também o erotismo (que começou a ser desenvolvido nas produçoes de Val Lewton, mas que ganharam importancia nas produçoes da Hammer) e sangue, muito sangue. Alias, sangue ainda nao tinha sido  "mostrado" no cinema (somente em um filme de Buñuel, em preto e branco), e a Hammer foi a primeira a fazer isso (e muito, em todos seus filmes de terror).

O foco principal do filme é o Barao Frankenstein (Peter Cushing). Ele é arrogante e nao arrepende de seus erros, ou de tentar ser Deus. As questoes morais e éticas (representadas nas versoes da Universal na decada de 30) nao passam pela cabeça do Barão, que nao mostra arrependimento nem emoçoes.

Chocar era importante para essas produçoes Hammer. Em The Curse..., morrem : uma criança, um velho cego, um velho cientista e uma mulher gravida. O Barao Frenkenstein corta pedaçoes do corpo humano sem exitaçao, e mesmo uma cabeça decapitada sendo jogada no acido é mostrada. Mas a violencia nao é tao explicita como parece. Fisher deixa a imaginaçao do espectador criar a grande parte da violencia, e so "pré-resultados" ou resultados dessa violencia sao mostrados.

A musica é de James Bernard ("O" compositor da Hammer). Bernard deu "a cara" das trilhas sonoras da Hammer, sempre com orquestraçoes alucinantes e pesadas (com muitos metais). Mesmo que sua utilizaçao fosse bem classica (muitos leitmotifs, aberturas, etc) suas trilhas fizeram historia e escola.

As produçoes Hammer eram de baixo orçamento e talvez por isso a musica era um elemento muito importante. James Bernard ja tinha uma carreira relativamente estabelecida em musica de concerto antes de fazer trilhas sonoras (alias essa era uma constante no cinema Ingles.. contratar compositores "sérios" para acrescentar valor as produçoes de filmes... algo que começou na decada de trinta com o diretor musical Muir Mathieson). Engraçado notar também que no final dos anos 50 a Hammer ainda tinha um departamento de musical nos moldes dos estudios americanos dos anos 30 e 40.

The Curse deu origem também a uma parceria que seria vista durante muito tempo no cinema : Peter Cushing e Christopher Lee. 


La revanche de Frankenstein PosterThe Revenge of Frankenstein (1958) de Terrence Fisher. 

The Revenge of Frankenstein é a continuaçao de The Curse... The Curse é baseado na obra original, mas The Revenge segue uma historia nova, sem ligaçao com o livro. Nao vou contar a historia do filme, mas mais uma vez o filme se focaliza no Barão (Peter Cushing ainda) e nao na criatura.

A trilha sonora é de Leonard Salzedo. Salzedo "contraria" varias convençoes da época (principalmente no começo do filme) e constroe uma otima trilha sonora. Estou terminando de escrever um artigo sobre a trilha de Revenge (infelizmente nao posso colocar nada aqui por conta de contrato), mas assim que ele for publicado, postarei aqui no blog.

Otimos filmes de terror da Hammer, obrigatorios...

Abraços

CH

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